Contra, Inconforme e Apesar da Pandemia
Por Silvia Fernanda - Matricula170022234

Quando o Professor Leandro sugeriu que eu fizesse uma espécie de coluna para comentar sobre a matéria a primeira coisa que me veio a mente foi o título que fazia referencia direta ao título de uma das aulas ministradas (Contra, Conforme e Apesar dos Urbanistas). O segundo semestre EAD da UnB trouxe consigo ainda mais dificuldades que o primeiro. O que se esperar de uma segunda onda de um vírus letal em um país cuja vacinação está se dando a passos lentos. Nunca aceitando nossa realidade - por isso digo, "inconforme" e não "conforme" a pandemia - acompanhei as aulas animadas e sempre muito aguardadas de Atualidades.

Foram nomes novos, e outros já muito escutados, que marcaram as tardes de quarta-feira. Acho importante ressaltar os horários liberados pelo professor para assistirmos filmes juntos pelo teams, as horas dispostas para orientação e a determinação em fazer os alunos participarem do debate. Confesso que eu mesma não participei tão ativamente, mas estava atenta as falas de meus colegas e a forma como o Professor Leandro instigava as discussões, nunca falhando em trazer referências novas.

Quanto aos assuntos tratados em aula, algo que me trouxe bastante dúvidas foi o fato de os conjuntos de habitação social serem tão demonizados pelos EUA que simplesmente foram tirados de pauta e colocados como algo de segundo mundo. Após a demolição do Conjunto Pruitt Igoe, mesmo com as famílias protestando pela manutenção dos edifícios, estas foram culpadas pela depredação do local sem considerar suas necessidades. Como pode o governo se preocupar tanto em não parecer adepto de um suposto "comunismo" (o qual ele mesmo coloca em pauta sozinho) que acaba por infrigir direitos básicos como a moradia; e colocá-los, mais a frente, com as políticas de casas próprias e o sonho americano da Levittown e de Celebration Florida, como uma conquista?

Outro ponto de questionamento, para mim, foram as Walking Citys e essa necessidade de alguns arquitetos de representar os avanços da tecnologia de forma tão literal. Parece muito com aquela frase "O ser humano não consegue imaginar um futuro muito além do que lhe é palpável; antes tinhamos carroças, agora temos carros, mais pra frene pensamos em carros voadores.", o arquiteto não consegue pensar muito além das referências diretas que lhe cercam, pecando em projetar um futuro que realmente avance para e com a sociedade.

A matéria ministrada trouxe questionamentos importante quanto a arquitetura e o urbanismo da atualidade. Não foram poucos os importantes arquitetos que tentaram desafiar a forma de se pensar e produzir as cidades e seus edifícios. Esse pequeno caderno de montagens, trouxe alguns, poucos, momentos mais marcantes da história recente da arquitetura e urbanismo levantadas em aula.

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